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quarta-feira, 5 de maio de 2010

Herpes Labial

Quentes, doloridos e repuxados. É assim que ficam os lábios infectados pelo Herpesvirus hominis, mais conhecido por herpes labial. Trata-se de pequenas lesões nos lábios ou à volta da boca, causadas por uma infecção viral. 

Contraído em qualquer idade, mas que surge normalmente até aos 7 anos, o vírus atravessa a pele e esconde-se numa junção nervosa até despertar, mais tarde, num herpes labial

A lesão hérpica não surge necessariamente no momento da infecção, mas sim quando o vírus adormecido é reactivado. É então que surgem os sintomas.

As lesões são em geral precedidas por ardor e prurido nas áreas onde vêm a aparecer as vesículas que rompem, espontaneamente. Formam depois crostas e acabam por cicatrizar ao fim de uma semana.

Pior do que a comichão e o ardor são as bolhas que rebentam e formam uma superfície ulcerada nos lábios, deixando-os com um aspecto pouco estético. 

Quem sofre de herpes labial queixa-se de dificuldades em falar, rir ou comer, especialmente na fase em que a boca está ferida e começa a ganhar uma crosta dura. Mas, existe solução!
O regresso do sorriso

O tratamento do herpes labial varia consoante o tipo e a frequência das lesões. A necessidade de tratamento depende da gravidade da infecção, da frequência das recorrências, do estado geral do doente e de se tratar ou não de um doente imunodeprimido.

Em alguns casos não é preciso qualquer terapia visto que, apesar de se tratar de uma infecção habitualmente recorrente, as lesões cicatrizam ao fim de alguns dias, sem deixar marcas», acrescenta Gabriela Marques Pinto.

Enquanto permanecerem as lesões convém não furar as vesículas, não coçar a área afectada, não beijar ou falar muito próximo de outras pessoas e lavar sempre as mãos depois de tocar nas feridas, para evitar que a infecção alastre para outras zonas do corpo, como as mucosas oculares, bucal e genital.

Em termos gerais, devem ser evitadas situações que desencadeiam o aparecimento de novos surtos de herpes labial. 

A exposição solar intensa, a exposição ao frio e vento intensos e estados febris são algumas dessas situações. No caso das mulheres é também frequente o aparecimento de lesões com o período pré-menstrual.



Suspeita-se que a fadiga física e mental, o stress emocional e outras infecções, que possam deixar o organismo debilitado, sejam também factores desencadeantes da reactivação do vírus. 



Lábios nos lábios 

Tratando-se de uma infecção viral, é obviamente contagiosa, sendo inicialmente transmitida por contacto directo com o portador crónico da infecção que tenha na altura lesões com partículas virais. Estão também implicados factores de imunidade específicos a cada indivíduo.

Enquanto algumas pessoas estão constantemente expostas ao vírus pelo contacto com o parceiro infectado sem nunca terem herpes labial, outras são mais susceptíveis ao contágio. 

A fase bolhosa, em que é libertado um líquido rico em vírus, é a mais perigosa para a transmissão. Já o período de cicatrização é o que apresenta menor probabilidade de contágio.

A partir do momento em que se é infectado pelo vírus, os surtos de novas lesões não necessitam de novo contágio, mas são desencadeados naturalmente pelos factores já apontados.

Partilhar objectos, que possam estar em contacto com a lesão, como cigarros, copos ou talheres, é um risco a ser evitado por quem não tem herpes labial.

Em geral, a infecção limita-se aos lábios, embora a primeira infecção possa ser mais extensa com lesões no nariz, gengivas, língua e restante mucosa oral.



Eternos inimigos

Não é recente a relação entre o Herpesvirus hominis e o homem. Pelo contrário! Desde há muito que este é um inimigo da Humanidade. 

Acredita-se que grande parte da população possa estar infectada, contudo, nem todos os infectados apresentam sintomas, pois o seu sistema imunitário não permite o despertar do vírus adormecido. Estes são os portadores que não chegam sequer a ter conhecimento de que possuem herpes labial.

A incidência em Portugal é provavelmente idêntica à de outros países, onde é estimada uma prevalência de quatro casos por cada mil habitantes na população em geral e bastante superior no grupo dos adultos jovens.

Não se pode dizer que se trata de uma infecção grave, no entanto, convém consultar um dermatologista para que seja seguido um tratamento adequado, especialmente se os surtos forem muito frequentes e demorarem muito tempo a sarar.

Tratamento

O objectivo principal do tratamento para o herpes primário consiste em aliviar a dor para que o doente possa dormir, comer e beber com normalidade. A dor pode impedir que a criança coma e beba; isso, combinado com a febre, pode causar a sua desidratação. Por isso, quanto mais líquidos a criança beber, melhor. Para aliviar a dor em adultos ou crianças de maior idade pode usar-se, por prescrição médica, um bochecho anestésico como a lidocaína. Um colutório que contenha bicarbonato de sódio também pode aliviar.
O tratamento para o herpes secundário é mais eficaz quando se inicia antes do aparecimento das vesículas, quando se têm os primeiros sintomas (pródromos). Tomar vitamina C enquanto duram os pródromos pode acelerar o desaparecimento do herpes labial. Para evitar o aparecimento de vesículas recomenda-se que se protejam os lábios da luz solar directa, usando um chapéu de aba larga ou um bálsamo labial com protecção solar. Além disso, devem evitar-se actividades e alimentos que podem causar recidivas. Qualquer pessoa com recidivas graves e frequentes pode beneficiar tomando lisina (disponível nas lojas de produtos alimentares naturais) durante um período de tempo prolongado.
O bálsamo de aciclovir pode reduzir a intensidade de um acesso e curar a ferida com maior rapidez. Os bálsamos labiais, como a vaselina, podem evitar que os lábios gretem e reduzir o risco de que o vírus se estenda às zonas circundantes. Os adultos com feridas graves podem tomar antibióticos para prevenir as infecções bacterianas, embora este tratamento seja ineficaz nas infecções virais. Podem prescrever-se cápsulas de aciclovir para os casos graves e para as pessoas com imunodeficiência. Não se administram corticosteróides no herpes simples porque podem propagar a infecção.

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