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sexta-feira, 5 de março de 2010

Difteria

Difteria Causa

A difteria é provocada pelo Corynebacterium difieriae, um bacilo presente na mucosa respiratória ou na pele de quem se encontra afectado pela doença e também das pessoas já imunizadas, que actuam como portadores saudáveis (cerca de 1% da população).


Embora o contágio normalmente se produza por via respiratória, através do ar contaminado, em alguns casos raros é provocado por um contacto com a pele dos portadores. O microorganismo estabelece-se nas mucosas do nariz, laringe e traqueia, onde provoca uma inflamação aguda, libertando igualmente uma toxina que passa para o sangue, podendo provocar graves complicações devido ao facto de poder afectar o coração, nervos periféricos ou rins.


Manifestações e evolução

O período de incubação da difteria compreende entre dois a seis dias. A doença manifesta-se bruscamente através do aparecimento de febre, dor de garganta, rouquidão, tosse seca e dificuldade em respirar.

As bactérias responsáveis provocam a inflamação da mucosa que reveste a garganta, o que ao fim de poucas horas origina a formação de membranas acinzentadas, espessas e aderentes que se estendem até ao céu da boca e para baixo, alcançando a laringe e até a traqueia, obstruindo a passagem de ar para os pulmões, o que nos casos graves, caso não se proceda ao seu tratamento imediato, pode provocar uma situação de asfixia, colocando a vida do paciente em perigo.


Por outro lado, a passagem da toxina diftérica para o sangue pode provocar nos dias seguintes complicações sérias, como paralisia da laringe ou dos membros, arritmias cardíacas, insuficiência cardíaca aguda ou choque cardiovascular.

Caso algumas destas complicações não sejam devidamente tratadas, podem provocar a morte do paciente. No entanto, caso o paciente sobreviva às complicações agudas, a recuperação é total.

Tratamento

O tratamento necessita de internamento hospitalar do indivíduo afectado para que lhe seja administrada a oportuna terapêutica e para se poder solucionar rapidamente as eventuais complicações agudas.

Embora a utilização de antibióticos proporcione a eliminação das bactérias da garganta, não é eficaz para combater os efeitos da toxina diftérica que passou para o sangue, obrigando à utilização de uma antitoxina específica.

Em caso de insuficiência respiratória grave é necessário proceder à intubação traqueal, podendo mesmo ser necessário recorrer-se à realização de uma traqueostomia de urgência.

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