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quinta-feira, 15 de abril de 2010

Alergias respiratórias

Alergias Respiratórias

Porque o "isso é uma alergia, isso passa", não chega e assim é que não passa. A s doenças alérgicas são muito frequentes, mas as ideias erradas sobre alergias são imensas.

"Tenho alergia. Estou sempre com o nariz tapado, não consigo dormir, acordo mais cansado do que quando me deitei e a falta de ar aflige-me muito. Tenho esperança que passe, embora isto já dure há 10 anos. E é cada vez mais grave".

Estes relatos são muito frequentes, intoleravelmente frequentes.

Ter alergias, é ter asma, é sofrer de rinite, asma e rinite, asma e eczema, é ser alérgico a medicamentos e a alimentos, é ter urticária, meses, anos, décadas. Em alguns casos é sentir todas estas situações. É ter a vida afectada. É deixar de ir, de fazer, de viver.

E é tão simples controlar a situação para a maioria dos alérgicos. Diagnosticar, prevenir, controlar.

Porque a asma e a rinite afectam uma enorme percentagem da população, porque são doenças de grande impacto social, responsáveis por elevados custos, causa frequente de absentismo laboral e escolar e diminuição da produtividade, por si só, e pelas suas complicações, condicionam recursos a urgências e a hospitalizações, sendo responsáveis por mortes preveníveis.


PORQUE É NECESSÁRIO DIAGNOSTICAR PARA TRATAR

Quer na criança, quer no adulto, a asma é pouco valorizada e a rinite ainda menos. "Não me vai dizer que a tosse e falta de ar que eu sinto todos os dias é asma? Nunca me tinham dito".

As alergias respiratórias surgem frequentemente na infância, embora possam manifestar-se em qualquer idade. É essencial reconhecer os sintomas, para um diagnóstico e tratamento correctos. Se abandonada a uma evolução não controlada, a asma pode levar a alterações das vias aéreas, e as crises podem ser graves e até fatais; se a rinite não é controlada, a asma pode surgir, ou se já se manifestou, é mais grave. Tape o seu nariz e espere alguns minutos - sinta o efeito, ou será que já o costuma sentir...

PORQUE O CONTROLO ESTÁ ACESSÍVEL

A asma e a rinite podem ser bem controladas. Controlo significa qualidade de vida, dormir bem, não se cansar, poder estudar, trabalhar, ter uma vida social normal, rir, fazer exercício, apostando-se num programa que possibilita tudo isto. É a sua vida, ou a do seu filho, que pode estar a ser muito afectada. E não o deve ser.

Participe no auto-controlo da doença. É importante alertar que são inflamações e que devem ser tratadas como tal, sendo necessário usar medicação preventiva, anti-inflamatória, e isto de uma de forma regular. Não tenha medo dos medicamentos, mas vigie o seu efeito. Os corticóides inalados, para o nariz ou para os brônquios, e os anti-Ieucotrienos, estão na primeira linha do tratamento da asma e da rinite; com os anti-histamínicos não sedativos resolvem-se a maioria dos sintomas de rinite e de conjuntivite.

Estamos na Primavera. Surgem ou agravam-se os espirros, a comichão no nariz e nos olhos, a obstrução nasal, o cansaço, a tosse e a falta de ar.

Não, outra vez não! É impensável que continue a passar mal. Existem maneiras de afastar os alergénios, existem medicamentos muito seguros e eficazes. Não dão sono, não alteram o apetite, dominam a alergia.

E "a alergia passa com a idade" está muito distante da realidade, mas saiba que existem vacinas anti-alérgicas que podem modificar o curso das alergias.

PORQUE DEVEMOS APOSTAR NA INFORMAÇÃO

Não se deixe controlar, tenha controlo sobre as alergias, informe-se e actue. Das várias estações da vida sinta apenas os efeitos positivos.

Caso seja comprovado o fator alérgico – como tosse constante, dor no peito e nariz escorrendo, com freqüência , os médicos aconselham a procurar um especialista, para diagnosticar as causas. Na maioria dos casos, as alergias podem ser controladas evitando-se o contato com as substâncias causadoras, monitorando o ambiente e eliminando os fatores externos que possam estar a desencadear o processo alérgico. O correto é tratar os sinais e sintomas da doença, para que ela não progrida. Em algumas situações, no entanto, é necessária a prescrição de medicamento antialérgico (corticóides como última opção).

Conforme atesta o médico, alguns casos mais graves, como a asma não controlada e as reações anafiláticas devem ser tratadas com urgência. A reação anafilática, que pode ser desencadeada, principalmente, por picada de insetos (abelhas, vespas e formigas), medicamentos (antibióticos, ácido acetil salicílico entre outros) e ingestão de certos alimentos (como frutos do mar), tem como sintomas: inchaço principalmente da região do rosto (boca e olhos), dificuldade de respirar e tontura.













Além dos fatores genético e ambiental, o especialista alerta para a tendência de alimentos – como corantes, chocolate e leite – serem grandes desencadeadores de alergia. Ou seja, para driblar esta grande vilã, que acompanha a humanidade durante séculos, é importante minimizar os fatores de risco, procurando viver em um ambiente seco (sem umidade), ventilado (sem fungo e ácaro – parasita responsável por desencadear processos alérgicos) e limpo (sem poeira ou sujeira).

Àcaro











Dica

Limpe a casa com um pano umedecido em água ou álcool, evitando desinfetante e outros produtos químicos. Nada de espanador, cortinas de tecido e carpete, que concentram muita poeira. Os ácaros, principais causadores de alergia, são abundantes nos colchões e travesseiros, locais onde costumamos passar grande parte do nosso dia e por isso é imprescindível o uso de capas impermeáveis aos ácaros. Evite ter no quarto almofadas, bichinhos de pelúcia e cortinas pesadas, pois tudo isso se torna ninho de ácaros. Deixe entrar ar e sol sempre que possível nos cômodos, evitando assim o aparecimento de fungos.

Fungos

Os principais tipos de alergias respiratórias

Rinite Alérgica

Sintomas: coceira no nariz, nariz escorrendo e muitos espirros.

Causas: pó (ácaros e fungos), cheiros fortes, lustra móveis, fumaça de cigarro, mudança de temperatura.


Portanto, a melhor medida para aliviar suas crises é evitar as causas: manter a casa arejada, evitar produtos de limpeza com cheiro forte, eliminar focos de mofo, principalmente dos armários e forrar colchões e travesseiros com capas anti-ácaro, além de evitar sair, bruscamente, de locais quentes para locais com ar condicionado.

Bronquite Alérgica

Sintomas: tosse, peito cheio.

Causas: infecção, poeira doméstica

Asma

Sintomas: chiado no peito, dificuldade de respirar, tosse.

Causas: infecções, poeira doméstica, cheiros fortes, inseticidas, lustra móveis, tinta e alguns medicamentos, como, por exemplo, Aspirina, AAS, Novalgina.


Para o reconhecimento da asma é necessário conhecer suas diferentes manifestações: na asma leve os sintomas são discretos e esporádicos, não há sintomas entre as crises, não prejudica o sono, não atrapalha as atividades físicas, não provoca falta às aulas ou ao trabalho. Na asma moderada os sintomas já são mais significativos: há cansaço, chiado e tosse, aparecem sintomas noturnos e prejudica o sono, atrapalha as atividades diárias (estudo, trabalho, esportes). Na asma forte, os sintomas são intensos e até diários, o sono é muito prejudicado, há muita interferência na vida escolar e profissional, as atividades físicas são limitadas.

Dermatoses Alérgicas

a) Dermatite de contato

Caracteriza-se por coceira e inchaço local. É causada pelo contato da pele com alguma substância irritante ou alergênica, como por exemplo: níquel de bijuterias, certas tintas como de jornal, certos cosméticos, produtos de limpeza, etc.

b) Dermatite Atópica ou Eczema

O principal sintoma é a coceira na pele desencadeada por algum tipo de alergia.

Alguns especialistas definem dois tipos de eczema: o atópico e o de contato.


O atópico é mais comum em crianças e as coceiras aparecem principalmente na parte posterior das pernas, cotovelos, pescoço e dorso das mãos. Na maioria dos casos, tende a desaparecer na puberdade. Suas causas não estão bem definidas, mas acredita-se que determinados corantes e conservantes alimentares possam ser uns dos responsáveis. A pele se torna seca na região, o que acaba piorando a coceira, por isso aconselha-se manter a pele sempre hidratada, evitar banhos quentes e prolongados e usar sabonetes especiais sem esfregar.

O de contato pode ser desencadeado pelo contato da pele com algum tipo de substância como níquel, látex e conservantes. É preciso identificar a causa e evitar o contato.

Alergias Respiratórias

Alergia é uma forma diferente de reagir a estímulos aparentemente inofensivos. As alergias mais freqüentes são a asma (ou bronquite) e a rinite. A primeira é crônica e provoca falta de ar, chiado e cansaço. Atinge 10% da população mundial e ainda causa a morte de muitos jovens. Já a rinite é decorrente da sensibilidade exagerada da mucosa nasal, caracterizando-se por espiros repetidos, coriza, congestão e coceira no nariz. Embora tenha sintomas semelhantes aos do resfriado, a rinite não dá febre e não é infecciosa. Há genes que determinam maior susceptibilidade à doença, que pode aparecer em qualquer idade, sendo mais comum na infância.

Asma ou rinite? As principais causas da asma e da rinite são alergia à poeira doméstica, a ácaros, ao mofo, aos pêlos de animais e a alimentos. Entre os fatores irritantes, estão a fumaça de cigarro, as mudanças de tempo e a poluição, além das gripes, resfriados, uso de certos medicamentos e aspectos emocionais, como o estresse. A poeira doméstica, por exemplo, mistura substâncias vivas e inertes, constituídas de restos humanos, fibras de tecidos, escamas da pele humana e dos animais, bactérias, mofo, bolores e ácaros. No inverno, a umidade e a temperatura favorecem ácaros e bolores. Além disso, a permanência das pessoas dentro de casa é agravado pelo uso de carpetes, cortinas e cobertores, fontes de ácaros.


Infiltrações

A maior incidência de gripes e resfriados piora a asma e a rinite. Os sintomas da alergia são uma reação de defesa do organismo, que age através de anticorpos de um tipo especial (chamado imunoglobulina E ou IgE), que o alérgico fabrica em grande quantidade. Estes anticorpos estão na mucosa respiratória e se ligam a um tipo de célula especial, chamada mastócito. A reação do alérgeno (substância que causa alergia) com o anticorpo IgE libera substâncias químicas pelos mastócitos (mediadores), provocando inflamação local, responsável pelo inchaço da mucosa. A repetição do processo alérgico causa inflamação crônica.

O médico pode realizar testes cutâneos alérgicos para confirmar o diagnóstico e programar o tratamento. As crises leves passam desapercebidas. Os sintomas são discretos e o sono não é prejudicado. Às vezes, tosse é o único sintoma. Nas crises moderadas, os sintomas são mais fortes, com chiados intensos, falta de ar, tosse e cansaço. A pessoa não dorme bem e não consegue praticar exercícios. Nas crises fortes, a falta de ar é grave, ocorre mal-estar e chiado intenso. Em alguns casos, a respiração é pesada, rápida. O indivíduo mal consegue falar ou caminhar.

Para controlar a asma, é preciso conhecer seu tipo, avaliar a função pulmonar (através) da medida do sopro ou peak flow) e saber interpretar suas variações. A rinite alérgica prejudica muito a qualidade de vida e o convívio social. Os sintomas são espirros repetidos, coriza líquida abundante, coceira nasal, congestão nasal, olhos avermelhados e irritados, além de pigarro ou tosse. Mas muitos não se preocupam com os sintomas, que podem se manter por meses. Neste caso, o problema prejudica o nariz, forçando a respiração pela boca. Há sensação de desconforto na garganta, variando de pigarro a amigdalites e faringites repetidas.


 
Nas crianças, a respiração bucal prolongada leva também à diminuição do apetite. Estes pacientes dormem mal e roncam à noite, prejudicando o aprendizado na escola porque tornam-se sonolentas e desatentas. O hábito de respirar pela boca pode ser prejudicial também aos dentes, causando deformidades no tórax, mesmo quando a criança não tem asma. Outras complicações da rinite são sinusites, amigdalites ou faringites, inflamações repetidas no ouvido e hipertrofia das adenóides (chamadas de carnes do nariz). Há alterações no olfato, no paladar e na audição, além de dores de cabeça, falta de ar, tosse, febre e olheiras.

O inverno propicia também o aparecimento de infecções respiratórias, que causam espasmo (estreitamento), edema (inchaço) e inflamação, resultando em crises de rinite e asma. Alguns tipos de vírus provocam mais asma que outros. Um exemplo é rinovírus, que ataca bebês. Por isto, o alérgico deve evitar locais com multidões ou contato com pessoas gripadas. nas crianças alérgicas e nos idosos, são indicadas vacinas para tratar a gripe. As infecções por bactérias não têm relação direta com a rinite ou com a asma, embora possam agravar a inflamação das vias respiratórias.

As alternativas de tratamento

A sinusite é a inflamação da mucosa que reveste os seios da face. Os sintomas são sinusite, dor de cabeça, congestão e secreção nasal purulenta. Nas crianças, a dor de cabeça pode estar ausente. O único sintoma é a tosse, que piora à noite.

A sinusite piora a rinite e causa infecções oculares, pneumonias, asma e até meningite. Para cada pessoa e faixa de idade, há diferentes fatores desencadeantes de alergia. Idosos, crianças e gestantes têm características imunológicas que os tornam mais vulneraveis às infecções respiratórias, aumentando as chances de piora da alergia no caso de virose respiratória. A tosse não é doença, mas um sintoma de alteração do organismo.

Tossir é um reflexo natural para desobstruir as vias aéreas e constitui um mecanismo de defesa, auxiliando a expulsão de agentes nocivos das vias aéreas. Pode ser recente ou crônica, seca ou com catarro, ocorrendo isoladamente ou em acessos, com horário certo ou não. Pode ser rouca ou acompanhada de vômitos associados. É importante que o paciente e a família saibam que, se a tosse permanece, é necessário consultar um médico, em vez de insistir no uso de xaropes caseiros.

A asma e a rinite precisam ser tratadas de forma contínua e não só nos momentos de crise. O primeiro passo é identificar a causa da alergia e afastá-la. Para asma e rinite, recomendam-se medidas de controle ambiental contra a poeira e ácaros. O segundo passo é a escolha de remédios para reduzir a inflamação e controlar os sintomas. O terceiro passo é o uso de vacinas (imunoterapia).


Quanto mais se consegue melhorar o ambiente da casa onde vive o alérgico, melhores os resultados, menos remédios e menos vacinas. Medidas devem ser tomadas para evitar o contao abusivo com os alergenos, principalmente em relação à limpeza da casa e do dormitório. A limpeza diária da casa deveser feita com pano ímido, evitando o uso de espanadores. O ideal é que o ambiente seja arejado, sem tapetes ou cortinas. Devem-se evitar animais dentro de casa. O cigarro é proibido.


Para rinite, indicam-se antialérgicos ou ant-hitamínicos (medicamentos que aliviam os sintomas como coriza, espirros e obstrução nasal), sob a forma de xaropes, comprimidos e, atualmente, em sprays para uso nasal. mas o tratamento da rinite alérgica exige medicações preventivas como cromoglicato dissódico ou os corticóides nasais, que atuam como agentes inibidores da inflamação alérgica.

Para a asma, há medicamentos de alívio, como broncodilatadores, usados no momento de crises e remédios preventivos, como o cromoglicato, o nedocromil e sprays de corticóides (que reduzem a inflamação), usados sob orientação médica.

O objetivo das vacinas é diminuir a sensibilidade à poeira e aos ácaros. O tratamento é a longo prazo, mas tem bons resultados. As injenções são via subcutânea, com doses crescentes do antigeno. A alergia é crônica e deve ser tratada também de forma preventiva. Recomenda-se praticar esportes ao ar livre, ter alimentação saudável, com bastante líquido e não fumar. O alérgico, bem orientado, pode levar uma vida vida normal, sem restrições.

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