5 conselhos para uma melhor digestão
Prisão de ventre, dilatação e ardor no estômago são perturbações frequentes. Estas perturbações resultam muitas vezes de dificuldades na digestão dos alimentos.
Escolha alimentos "leves"
Certos alimentos são mais fáceis de digerir que outros. Quanto mais rica em gorduras for uma refeição, mais demorada será a sua digestão. As refeições ditas “pesadas” requerem uma maior produção de suco gástrico para a digestão, o que pode provocar ardor em pessoas mais sensíveis. Além disso, é frequente sentirmo-nos cheios, sonolentos e pouco activos, após este tipo de refeições.
Por outro lado, os cereais e derivados integrais (pão, arroz, massa, etc.), fruta e legumes, são alimentos “leves”, pois para além de serem pobres em gordura, são muito ricos em fibras. Estes poupam-nos a sensação de barriga pesada e previnem a obstipação, ao activar o trânsito intestinal. No entanto, se tiver propensão para flatulência, prefira os frutos e legumes cozinhados, de forma a melhorar a tolerância do seu organismo às fibras desses alimentos.
Mastigar bem os alimentos
A digestão é um processo fisiológico que consiste na redução e transformação dos alimentos em partículas mais pequenas, de forma a permitir a sua absorção e utilização pelo organismo. Este processo tem início na boca, com a mastigação.
Quanto melhor mastigarmos os alimentos, mais facilitada estará a digestão no estômago. Se pelo contrário, o estômago receber pedaços de alimentos demasiado grandes, este necessitará de produzir maior quantidade de ácido gástrico e de mais tempo para digerir os alimentos, antes de seguirem para o intestino.
Uma boa mastigação limita a produção de ácido gástrico e estimula os receptores sensoriais, que dão o sinal de arranque para a produção das secreções digestivas – preparando o tubo digestivo para a recepção dos alimentos.
Não praticar demasiada actividade física após as refeições.
Esta regra é bem conhecida pelos desportistas, pois é recomendado que façam um intervalo de três horas entre as refeições e as competições. Esta regra deve-se ao facto do sangue não conseguir oxigenar, correctamente e em simultâneo, o tubo digestivo e os músculos em actividade.
Alguns estudos efectuados em ciclistas revelaram que, se pedalarmos a toda a velocidade após uma refeição, a progressão dos alimentos no tubo digestivo é bloqueada e há um risco de refluxo do estômago para o esófago, por vezes com vómitos; e que a digestão é perturbada, mesmo se pedalarmos suavemente. No entanto, não é caso para se deitar a seguir às refeições! A posição deitada também pode provocar vómitos, porque o esvaziamento do estômago é dificultado, sobretudo se a refeição tiver sido gordurosa ou muito abundante. O ideal é fazer uma caminhada tranquila ou realizar uma actividade sentada, após a refeição.
Beber água suficiente
Recomenda-se entre 1,5 L a 2 L ou 8 a 10 copos de água por dia. Uma hidratação adequada, além de manter o equilíbrio de todas as reacções físicas e químicas do nosso organismo, facilita a eliminação de toxinas pelos rins e ajuda a prevenir a prisão de ventre.
As águas minerais com gás podem ajudar a digestão, em caso de estômago “pesado”. O chá e as infusões também podem estimular a digestão. Tenha atenção ao café muito forte ou em excesso, pois este pode provocar irritação das mucosas gástricas em pessoas mais sensíveis.
Preserve a sua flora intestinal
O nosso intestino é habitado por milhões de bactérias de várias espécies – a que se dá o nome de flora intestinal. Esta é indispensável ao funcionamento do intestino e à manutenção de um trânsito intestinal normal. Desta forma, os alimentos que têm um melhor impacto na flora intestinal são os iogurtes e leites fermentados com bactérias probióticas e alimentos ricos em determinadas fibras alimentares (com efeito prebiótico).
Os iogurtes e leites fermentados contêm fermentos lácticos (bactérias) vivos. Uma boa parte destas bactérias, ditas probióticas, resiste à digestão no estômago e chega viva ao intestino, interagindo com as bactérias da flora intestinal e impedindo a invasão de bactérias nocivas.
Por outro lado, alguns tipos de fibras alimentares favorecem um desenvolvimento saudável da nossa flora intestinal. São exemplo, as fibras que se encontram naturalmente em frutas, vegetais e cereais, tais como, bananas, cebolas, alho, espargos, alho-francês, tomate, trigo e cevada.
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