Dúvidas mais comuns sobre virose em crianças
Encontre respostas para seus principais questionamentos sobre o assunto
1 - Quais os principais tipos?
Entre as respiratórias, a mais comum é a gripe. Há dezenas de tipos de vírus que causam resfriados ou infecções respiratórias mais ou menos graves, como os rinovírus e adenovírus. Existem também as intestinais, causadas pelo rotavírus.
2 - Quanto tempo duram?
Depende. Mas, em geral, de três a quatro dias. O mais importante é que, se a criança for saudável e tiver uma alimentação adequada, a cura acontece espontaneamente, ou seja, o organismo é capaz de se livrar da doença sozinho.
3 - Quantas viroses, em média, uma criança saudável tem por ano?
Até uma por mês. As que ficam em creches e berçários, em contato com outras crianças, podem adquiri-las com mais freqüência. Os pais podem ficar tranqüilos, no entanto, pois a incidência diminui com a idade.
4 - As viroses são sazonais?
Sim. As respiratórias, que se caracterizam por coriza, nariz entupido, tosse e febre, são mais comuns no outono e no inverno. Mas podem aparecer também no verão, por causa do uso do ar condicionado. Nos meses mais quentes, as mais freqüentes são as gastrointestinais, cujos sintomas são náusea, vômito, diarréia, dor abdominal e febre.
5 - Se não for tratada corretamente, quais os riscos?
Como qualquer doença, são as complicações futuras. Uma doença respiratória, por exemplo, pode evoluir para otite (inflamação do ouvido) aguda, sinusite e até pneumonia.
6 - Quando é preciso ir ao pediatra?
Se a criança ficar abatida, apresentar febre alta (acima de 38º C) e dificuldade para respirar, os pais devem levá-la ao médico. Mas isso também depende da idade da criança. Nas menores de 1 ano, por exemplo, as viroses devem ser rapidamente informadas ao pediatra. No caso das mais velhas, um bom parâmetro é o estado da criança. Se ela tem febre baixa, mas continua brincando normalmente, por exemplo, está tudo bem.
7 - Que exames são necessários?
Em geral, não há necessidade de testes laboratoriais. A não ser que os sintomas não desapareçam após alguns dias. Exames de sangue (mais utilizados), de imagem, ou análise das secreções respiratórias são indicados apenas se houver suspeita de doenças graves. Saber o nome exato do vírus que causou a doença, em geral, não influencia o tratamento.
8 - Há possibilidade de a criança ser medicada com antibiótico, sendo que a doença foi causada por um vírus?
A virose é um problema comum, dificilmente confundido com outra enfermidade. Mas, na ânsia de ver o filho curado, os pais abusam de antibióticos, descongestionantes e anti-inflamatórios sem prescrição médica. Por isso, nada de medicar a criança antes do aval do pediatra. Quando suspeitar de doenças mais graves, ele vai indicar exames específicos para agilizar o diagnóstico.
9 - É possível evitá-la?
Além de impedir o contato com outras pessoas doentes, a única maneira de proteger a criança das viroses é manter o calendário de vacinação em dia. Outras medidas simples, como lavar as mãos antes das refeições e evitar alimentos de origem duvidosa, também ajudam.
10 - Como é o tratamento?
Geralmente, é sintomático, ou seja, aliviam-se os sintomas. Repouso, hidratação, antitérmicos e, em casos de infecções respiratórias, manter o nariz limpo é o suficiente na maioria das viroses. Nesse período, a criança fica em observação. Se após alguns dias não melhorar ou até piorar, é possível que a doença tenha evoluído para algo mais sério. Diante de qualquer dúvida ou eventualidade, é importante que os pais tenham o telefone do pediatra sempre à mão.
Diagnóstico preciso
Pediatras da Universidade do Texas (EUA) estão desenvolvendo um novo método para identificar vírus e bactérias que causam algumas das infecções mais comuns na infância. Ao analisar os glóbulos brancos, células responsáveis pela defesa do organismo, eles identificam mudanças genéticas deixadas pelos agentes causadores das doenças, como se fossem impressões digitais. Como cada vírus ou bactéria deixa a sua "assinatura biológica", os cientistas conseguiram, assim, distingui-los com altas taxas de sucesso. Os especialistas acreditam que a técnica deve revolucionar o diagnóstico das viroses nos próximos anos.
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